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Unimed-Rio pode voltar a vender 18 de seus planos de saúde

09 de setembro / 2016
Jornais e Revistas

Jornal O Globo

09/09/2016

Em entrevista concedida para o Jornal O Globo, o advogado Rodrigo Araújo alerta que Unimed Rio não solucionou seus problemas e a autorização para voltar a comercializar esses planos de saúde decorre de falha de apuração e do fato de o consumidor ter cansado de reclamar na ANS sem obter resultado.

Jornal O Globo – 09/09/2016

Suspensão de outros 23 planos de oito operadoras já está valendo a partir desta sexta-feira

RIO – A Unimed Rio pode voltar a comercializar 18 de seus planos de saúde a partir desta sexta-feira. A cooperativa foi liberada a voltar a vender os planos porque, segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), foi comprovada melhoria no atendimento aos beneficiários.

Romeu Scofano, presidente da Unimed-Rio, comemorou a decisão da agência reguladora, pois, segundo ele, mostra que o trabalho que vem sendo feito para solucionar as questões que originam as reclamações está dando resultado.

– Ainda temos muito a melhorar, mas esta é uma sinalização clara para clientes, médicos e parceiros de que a Unimed-Rio está iniciando uma nova fase, de retomada de sua trajetória de sucesso – disse Scofano, que assumiu mês passado a presidência da cooperativa.

A agência reguladora informou, ainda, que passa a valer também, a partir desta sexta-feira, a suspensão da comercialização de 23 planos de saúde de oito operadoras, em função de reclamações relativas à cobertura assistencial, como negativas e demora no atendimento.

Entre os planos suspensos estão oito modalidades da Unimed das regiões Norte e Nordeste do país, além da fundação assistencial dos servidores do Ministério da Fazenda. A suspensão vale por três meses, tempo que as operadoras têm para melhorar o serviço prestado.

De acordo com a ANS, a medida faz parte do monitoramento periódico realizado pela agência pelo Programa de Monitoramento da Garantia de Atendimento. No período entre abril e junho deste ano, a agência recebeu 13.571 reclamações em seus canais de atendimento. Desse total, 11.445 queixas foram consideradas para análise pelo programa de Monitoramento da Garantia de Atendimento.

“Trata-se de um mecanismo que gera efetividade no mercado, uma vez que tem como foco a melhoria dos serviços prestados aos consumidores. As operadoras que conseguirem perceber este monitoramento como uma oportunidade de revisão de seus processos internos podem obter mudanças bastante positivas. Do ponto de vista do beneficiário, ter acesso a tudo que contratou, com qualidade e em tempo oportuno, é o desejado, e o monitoramento possui exatamente este objetivo, além de conferir transparência e a ampliar a capacidade de escolha no ato da aquisição do plano de saúde”, destaca a diretora de Normas e Habilitação dos Produtos da ANS, Karla Santa Cruz Coelho.

Os planos de saúde suspensos possuem, juntos, cerca de 167 mil beneficiários. Estes clientes continuam a ter a assistência regular a que têm direito, ficando protegidos com a medida, uma vez que as operadoras terão que resolver os problemas assistenciais para que possam receber novos beneficiários. Além de terem a comercialização suspensa, as operadoras que negaram indevidamente cobertura podem receber multa que varia de R$ 80 mil a R$ 250 mil.

Além das suspensões, a agência divulgou que oito operadoras poderão voltar a comercializar 34 produtos que estavam impedidos de serem vendidos.Das oito operadoras, seis foram liberadas para voltar a comercializar todos os produtos que estavam suspensos, entre elas a Unimed Rio, e duas tiveram reativação parcial.

Para o advogado especialista em Direito à Saúde Rodrigo Araújo, a grande surpresa do monitoramento do segundo semestre é o fato de a Unimed-Rio não apresentar nenhum produto na lista de planos de saúde com comercialização suspensa. O advogado lembra que, desde a quebra da Unimed Paulistana, em setembro de 2015, a Unimed Rio é a líder de planos suspensos em todos os ciclos. Foram 18 planos suspensos no primeiro trimestre de 2016 e 26 no 4º trimestre de 2015, por exemplo.

– Os problemas da Unimed-Rio não foram resolvidos e os consumidores estão cada vez mais insatisfeitos com os serviços dessa operadora, lembrando que os clientes da cidade de São Paulo estão sem rede credenciada de serviço desde a quebra da Unimed Paulistana, sem prazo para solução do problema.

Para Araújo, o fato de a operadora não ter nenhum produto relacionado na lista do seguindo trimestre revela que os consumidores desistiram de reclamar perante a ANS, devido à ineficácia da agência em encontrar uma solução para o problema ou ao fato de os dados apurados pela agência estarem incorretos.

Desde a divulgação do último ciclo, 1º trimestre de 2016, a ANS disponibiliza aos beneficiários um serviço de consulta às informações do programa de monitoramento por operadora, conferindo o histórico das empresas e verificando, em cada ciclo, se ela teve planos suspensos ou reativados. A agência disponibiliza ainda um panorama geral com a situação de todas as operadoras, com a classificação das empresas nas quatro faixas existentes.

A lista completa de operadoras e planos suspensos pode ser consultada no site da ANS.

2016_09_09_o_globo

 

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advogado especialista em planos de saúde Planos de Saúde unimed rio
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