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Cliente da Unimed Rio em São Paulo continua sem atendimento

17 de abril / 2017
Direito nas Áreas Médica e de Saúde

Cliente do plano de saúde da Unimed Rio em São Paulo continua sem rede credenciada de hospitais, laboratórios, clínicas e médicos e, portanto, sem cobertura dos serviços contratados há mais de um ano e não há nenhuma previsão de regularização do atendimento.

A crise da Unimed Rio é a prova de que o consumidor pode ter contratado um excelente plano de saúde, mas ainda assim não está livre do risco de ter seus direitos violados.

Origem do problema

A maioria dos clientes da Unimed Rio que residem na cidade de São Paulo eram clientes da Golden Cross e foram migrados, contra a vontade, para a operadora carioca após a Golden Cross ter vendido a carteira de clientes de contratos individuais para a Unimed Rio em outubro de 2013.

De lá para cá, o serviço perdeu qualidade até o ponto de deixar de existir, mesmo com o consumidor pagando regularmente o valor da mensalidade.

Com a migração, o atendimento passou a ser realizado pela Unimed Rio, mas esta operadora não tem rede credenciada em São Paulo e, para garantir o atendimento, fez um acordo com a Unimed Paulistana para utilizar a rede credenciada desta outra operadora.

Apesar de a qualidade ter despencado, o serviço ainda existia enquanto a Unimed Paulistana também existia.

O problema é que, em setembro de 2015, a Unimed Paulistana quebrou e deixou de atender não só aos seus próprios clientes como também aos clientes de outras operadoras da marca Unimed que faziam uso do sistema de intercâmbio.

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) apresentou uma solução para o problema dos clientes da Unimed Paulistana. Por pior que tenha sido a alternativa proposta pela ANS, essa alternativa não foi estendida aos clientes da Unimed Rio.

No site da Unimed Rio, consta apenas uma informação de que estão empenhados em resolver o problema. Essa mensagem existe há mais de um ano e, até hoje, nada foi feito.

A ANS, que deveria fiscalizar o setor, parece fingir que desconhece o problema e quem sofre é o consumidor.

Muitos já trocaram de plano de saúde. Afinal, não faz sentido pagar por um serviço que não existe, mas nem todos os consumidores puderam fazer essa troca.

Quem tem um contrato do tipo individual – contratação feita diretamente pela pessoa física – tem pouca ou nenhuma opção de troca. As grandes operadoras não vendem mais esse tipo de produto e, para contratar um plano empresarial é necessário ser sócio ou empregado de uma empresa. Já para contratar um plano coletivo por adesão, é necessário ser associado à entidade de classe que oferece esse produto.

Sem opção para trocar de plano, muitos consumidores tiveram que continuar com a Unimed Rio em São Paulo ou ficariam sem plano de saúde. A expectativa era que o problema fosse solucionado.

Ação na justiça

Como até a presente data a Unimed e a ANS não apresentaram uma solução e muito menos um prazo para a regularização, a alternativa é o ajuizamento de uma ação judicial.

Trata-se de uma ação complexa, pois não adianta ajuizar a ação apenas contra a Unimed Rio e requerer o restabelecimento imediato da rede credenciada.

Para isso, seria necessário que todos os hospitais de São Paulo concordassem em prestar atendimento aos clientes da Unimed Rio e o Poder Judiciário não pode exigir que esses prestadores de serviço sejam obrigados a fazer contratos de convênio com a operadora de saúde.

Mesmo com uma decisão judicial – liminar – nesse sentido, o paciente teria problemas todas as vezes que precisasse de um atendimento, pois o prestador não autorizará o atendimento através de um plano de saúde que não tem convênio com ele.

A solução, então, é, na mesma ação, incluir como réu outra Unimed que tenha rede credenciada em São Paulo, tal como a Unimed FESP ou Unimed Seguros e exigir que esta outra Unimed disponibilize sua rede credenciada para o cliente da Unimed Rio e cobre da operadora carioca pelo serviço prestado.

Tags:

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Rodrigo Araújo
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13
Comentário(s)
Breno
25 de março, 2023
Quase 10 anos se passaram. Estava morando no Rio e precisei mudar pra SP por motivos pessoais e simplesmente não aceitam a minha Unimed Rio em canto nenhum. Que descaso com o consumidor. Até Exames básicos. Imagina se eu precisar de um procedimento mais complexo. E outra, o valor do plano não para de subir. Está bem dificil viver aqui sem o plano de saúde
Cely
18 de setembro, 2018
Boa Tarde Dr. Rodrigo, quase 5 anos se passaram desde a venda da GodenCross à UNIMEDRIO, e o problemas de milhares de pessoas na mesma situação, persistem, pessoas c mais de 70 anos não conseguem migrar p outro plano, pela dificuldade da Idade, e necessitando utilizar a mesma qualidade q tinhamos na antiga Golden, como sempre e mesmo com inúmeras reclamações, a ANS se nega a enxergar o que esta acontecendo. Não exige a minima da UnimedRIO. Não seria interessante, reunir as inúmeras reclamações para um único processo contra a UNIMEDRIO?
Rodrigo Araújo
18 de setembro, 2018
Olá Sra. Cely. Tudo bem? Já existe uma ação civil pública ajuizada pelo IDEC contra a ANS, Golden Cross e Unimed Rio, mas, a meu ver, ela não surtiu nenhum efeito prático em prol dos consumidores. O IDEC, tal como fazem a maioria dos advogados, ajuizou a ação para requerer ao Poder Judiciário que a Unimed Rio fosse condenada a restabelecer a rede credenciada e o STJ, última instância recursal, não acolheu esse pedido, muito embora tenha condenado a Unimed que garanta os direitos dos consumidores. Esse pedido não tem como dar certo, tal como comentei por diversas vezes no blog do meu escritório e em entrevistas para a imprensa. A Unimed Rio é uma operadora de saúde do Rio de Janeiro e só tem rede credenciada no Rio. Fora do Rio de Janeiro, ela depende da rede credenciada de outras empresas que trabalham sob a bandeira Unimed, mas essas outras empresas não são filiais e nem fazem parte de um grupo econômico. São empresas distintas e autônomas. Portanto, se a Unimed que presta serviços em São Paulo não quiser dispor da rede credenciada local para a Unimed Rio, a única solução que resta é a própria Unimed Rio celebrar contratos de convênio diretamente com os hospitais de São Paulo, mas para conseguir fazer esse contrato, cada um dos hospitais de São Paulo também tem que ter interesse em contratar com a Unimed Rio, interesse esse que não existe hoje e nem nunca existiu. Portanto, não tem como exigir da Unimed Rio o restabelecimento da rede credenciada se os outros envolvidos não quiserem contratar com ela, a menos que se inclua como réus na ação todos os hospitais da antiga rede credenciada, mas, além de inviável, isso também não daria certo. O problema é muito maior e a ação coletiva poderia ter tido maior chance de êxito se tivesse sido ajuizada logo quando houve a venda da carteira de clientes da Golden Cross para a Unimed Rio. Além disso, o pedido deveria ser no sentido de impedir essa negociação. Passados tantos anos e considerando ainda essa decisão do STJ na ação ajuizada pelo IDEC, é extremamente improvável que dê certo. A solução é ajuizar ações individuais, como o próprio IDEC orientou após o STJ julgar o recurso interposto nessa ação civil pública. Atenciosamente,
Suely Kuba/Ernesto Kuba
06 de agosto, 2018
Por motivo de troca de convenio não consegui médicos associados pelo plano Unimed Rio.Moro em São Paulo e com esse convenio é dificil de ser medicado.Gostaria de mudar o plano da minha região em São Paulo.Sem mais espero a resposta.
Rodrigo Araújo
06 de agosto, 2018
Olá Sra. Suely. Sobre troca de plano de saúde, o ideal é a senhora consultar um corretor de planos de saúde. Atenciosamente,
Adriana
30 de março, 2018
Meus pais tem o mesmo problema. Porém agora é mais grave pois meu pai está com câncer. Gostaria de saber como agir nesse caso. Precisamos de laboratórios, medicos e hospitais de qualidade iguais aos contratados quando tinham Golden Cross. Aguardo
Rodrigo Araújo
02 de abril, 2018
Olá Sra. Adriana. Boa tarde. Minha sócia, a Dra. Claudineia Jonhsson, lhe enviou e-mail hoje com os esclarecimentos. Qualquer dúvida, peço que nos contate. Abraços,
Sueli Santos Gramacho Costa
14 de dezembro, 2017
Meu Deus que país é esse? Pago convênio desde 1993. Quando me associei a Golden Cross utilizava um guia médico com endereços de médicos, consultórios e hospitais que atendiam seus clientes em todos os cantos de São Paulo. Hoje associada a Unimed Rio é um sacrifício imenso encontrar um prestador de serviço que atenda às minhas necessidades médicas básicas! Na última vez que que liguei na Unimed solicitando um pronto socorro em São Paulo me indicaram o hospital Cândido Portinari. Resumindo: esperei tanto que acabei desistindo... Faz mais de um ano! Nunca mais me atrevi em ligar "pedindo" nada! O que eu faço? Continuo pagando o boleto depois sento e choro?
Claudineia Jonhsson
04 de janeiro, 2018
Prezada Sra. Sueli Santos, Infelizmente esse é o problema de todos os beneficiários da Unimed Rio que residem em São Paulo. O problema é que, em setembro de 2015, a Unimed Paulistana quebrou e deixou de atender não só aos seus próprios clientes como também aos clientes de outras operadoras da marca Unimed que faziam uso do sistema de intercâmbio. A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) apresentou uma solução para o problema dos clientes da Unimed Paulistana. Por pior que tenha sido a alternativa proposta pela ANS, essa alternativa não foi estendida aos clientes da Unimed Rio. No site da Unimed Rio, consta apenas uma informação de que estão empenhados em resolver o problema. Essa mensagem existe há mais de um ano e, até hoje, nada foi feito. A ANS, que deveria fiscalizar o setor, parece fingir que desconhece o problema e quem sofre é o consumidor. Muitos já trocaram de plano de saúde. Afinal, não faz sentido pagar por um serviço que não existe, mas nem todos os consumidores puderam fazer essa troca. Quem tem um contrato do tipo individual – contratação feita diretamente pela pessoa física – tem pouca ou nenhuma opção de troca. As grandes operadoras não vendem mais esse tipo de produto e, para contratar um plano empresarial é necessário ser sócio ou empregado de uma empresa. Já para contratar um plano coletivo por adesão, é necessário ser associado à entidade de classe que oferece esse produto. Sem opção para trocar de plano, muitos consumidores tiveram que continuar com a Unimed Rio em São Paulo ou ficariam sem plano de saúde. A expectativa era que o problema fosse solucionado. Como até a presente data a Unimed e a ANS não apresentaram uma solução e muito menos um prazo para a regularização, a alternativa é o ajuizamento de uma ação judicial. Trata-se de uma ação complexa, pois não adianta ajuizar a ação apenas contra a Unimed Rio e requerer o restabelecimento imediato da rede credenciada. Para isso, seria necessário que todos os hospitais de São Paulo concordassem em prestar atendimento aos clientes da Unimed Rio e o Poder Judiciário não pode exigir que esses prestadores de serviço sejam obrigados a fazer contratos de convênio com a operadora de saúde. Mesmo com uma decisão judicial – liminar – nesse sentido, o paciente teria problemas todas as vezes que precisasse de um atendimento, pois o prestador não autorizará o atendimento através de um plano de saúde que não tem convênio com ele. A solução, então, é, na mesma ação, incluir como réu outra Unimed que tenha rede credenciada em São Paulo, tal como a Unimed FESP ou Unimed Seguros e exigir que esta outra Unimed disponibilize sua rede credenciada para o cliente da Unimed Rio e cobre da operadora carioca pelo serviço prestado.
Maria Lucia Maradei Antonino
11 de dezembro, 2017
Sou cliente da Unimed Rio aqui em São Paulo, e o atendimento da Unimed Rio é muito ruim, cada vez que preciso de um atendimento tenho que entrar em contato com o convênio para saber onde posso ser atendida, e tanto os médicos , como os laboratórios, pronto socorros e hospitais não são mais credenciados com a Unimed Rio, não temos uma relação dos médicos e hospitais credenciados e em caso de emergência fui obrigado a ligar para o convênio para saber onde poderia ser atendida e esperar pela informação, caso de emergência, você ter ligar para saber onde pode ser atendida e ficar esperando pela informação é um descaso com o cliente. Tínhamos bons hospitais e laboratórios perto de casa, que é no bairro do Ipiranga, agora tenho que ir a laboratórios no bairro de Moema, Tatuapé para fazer os exames, o atendimento que era muito bom bom na época da Golden Cross já tinha caído bastante com a o atendimento da Unimed Paulistana agora está cada vez pior com o atendimento da Unimed Rio; e a ANS e mesmo o Procon dizem que não podem fazer nada. Um absurdo.
Claudineia Jonhsson
12 de dezembro, 2017
Prezada Sra. Maria Lucia, Infelizmente esse é o problema de todos os beneficiários da Unimed Rio que residem em São Paulo. O problema é que, em setembro de 2015, a Unimed Paulistana quebrou e deixou de atender não só aos seus próprios clientes como também aos clientes de outras operadoras da marca Unimed que faziam uso do sistema de intercâmbio. A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) apresentou uma solução para o problema dos clientes da Unimed Paulistana. Por pior que tenha sido a alternativa proposta pela ANS, essa alternativa não foi estendida aos clientes da Unimed Rio. No site da Unimed Rio, consta apenas uma informação de que estão empenhados em resolver o problema. Essa mensagem existe há mais de um ano e, até hoje, nada foi feito. A ANS, que deveria fiscalizar o setor, parece fingir que desconhece o problema e quem sofre é o consumidor. Muitos já trocaram de plano de saúde. Afinal, não faz sentido pagar por um serviço que não existe, mas nem todos os consumidores puderam fazer essa troca. Quem tem um contrato do tipo individual – contratação feita diretamente pela pessoa física – tem pouca ou nenhuma opção de troca. As grandes operadoras não vendem mais esse tipo de produto e, para contratar um plano empresarial é necessário ser sócio ou empregado de uma empresa. Já para contratar um plano coletivo por adesão, é necessário ser associado à entidade de classe que oferece esse produto. Sem opção para trocar de plano, muitos consumidores tiveram que continuar com a Unimed Rio em São Paulo ou ficariam sem plano de saúde. A expectativa era que o problema fosse solucionado. Como até a presente data a Unimed e a ANS não apresentaram uma solução e muito menos um prazo para a regularização, a alternativa é o ajuizamento de uma ação judicial. Trata-se de uma ação complexa, pois não adianta ajuizar a ação apenas contra a Unimed Rio e requerer o restabelecimento imediato da rede credenciada. Para isso, seria necessário que todos os hospitais de São Paulo concordassem em prestar atendimento aos clientes da Unimed Rio e o Poder Judiciário não pode exigir que esses prestadores de serviço sejam obrigados a fazer contratos de convênio com a operadora de saúde. Mesmo com uma decisão judicial – liminar – nesse sentido, o paciente teria problemas todas as vezes que precisasse de um atendimento, pois o prestador não autorizará o atendimento através de um plano de saúde que não tem convênio com ele. A solução, então, é, na mesma ação, incluir como réu outra Unimed que tenha rede credenciada em São Paulo, tal como a Unimed FESP ou Unimed Seguros e exigir que esta outra Unimed disponibilize sua rede credenciada para o cliente da Unimed Rio e cobre da operadora carioca pelo serviço prestado.
fabio
10 de outubro, 2017
Bom dia Dr.Rodrigo, meu nome é Fabio, tenho 49 anos e desde 1986 sou associado Golden Cross e que depois virou o que é hoje e unimed rio, bom, pelo jeito acho que nao vou conseguir usar o plano que aderi a anos atras, sofro toda vez que preciso usa-lo. Pergunto, consigo alguma indenização pelos valores pagos desde a migração da Golden para Unimed até o momento? Porque paguei por um serviço que foi prometido e nunca foi entregue. Obrigado Dr. Fabio (11) 98046-5666
Rodrigo Araújo
16 de outubro, 2017
Olá Sr. Fábio. Tudo bem? Desculpe pela demora para respondê-lo. Sim. Podemos ajuizar uma ação e requerer: 1) Que seja disponibilizada ao senhor a rede de atendimento da Unimed FESP na cidade de São Paulo, de acordo com o seu padrão de contratação; 2) Indenização pelos meses pagos sem a devida contraprestação dos serviços. O segundo pedido é mais difícil e, para consegui-lo, o senhor terá que ter documentos que comprovem a dificuldade/impossibilidade que teve para utilizar os serviços. Dependendo dos documentos que o senhor tiver, podemos incluir, também, um pedido de indenização por danos morais. Abraços, Rodrigo Araújo
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